Vozes silenciadas, vozes subversivas.
Manifestações textuais lusófonas

(Jornada de Estudos)


Vozes fortes, vozes suaves, vozes silenciadas - o uso da voz e os vínculos entre diversas vozes são indicadores importantes para perceber as dinâmicas de poder e os processos de emancipação numa sociedade. Interessa saber quem tem o direito e a possibilidade de se fazer ouvir, e que repercussões conseguem grupos ou indivíduos marginalizados quando se tornam barulhentos e incómodos...

De entre as categorias identitárias afetadas por tais tensões, o género e a sexualidade são exemplos particularmente sensíveis; neles se mostra com nitidez como as estruturas patriarcais e a heteronormatividade (social e jurídica) determinam o alcance dessas vozes e do seu eco.

O conceito da voz permite focar diversos tipos de textos literários (de e/ou sobre mulheres ou homossexuais, por exemplo, desde Florbela Espanca e Judite Teixeira, passando pelas Três Marias e Bernardo Santareno, até obras recentes), traduzidos para alemão ou ainda não, mas também sugere aplicar perspetivas linguísticas para examinar a incidência do aspeto do
género em diferentes discursos.



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